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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O bom time a casa torna

 

Para os apaixonados e mesmo para os “simpatizantes”, e eles não são poucos, o Sport Clube Corinthians Paulista, time fundado em 1910, viveu talvez em sua história de quase um século momento mais desastroso e ao mesmo tempo excitante de todos os tempos. Rebaixado para a série B do campeonato brasileiro o Timão vivenciou até o fim o capítulo mais tempestuoso e desconfortável de toda sua tragetória.

        Em dezembro de 2007 depois de empatar com o Grêmio lá no sul em 1X1 o Corinthians viveu seu maior vexame e fez sua torcida chorar. Diante de uma direção que ultrapassou a incopetência administrativa para alçar vôo pelos obscuros caminhos da corrupção revelando até mesmo a hipótese de lavagem de dinheiro o Timão faliu moral e financeiramente. O resultante das contratações milionárias com o intuíto de criar um super-time não foram o suficiente para manter o time na primeira divisão. Denunciados por corrupção Alberto Dualib e o vice-presidente, Nesi Curi, foram afastados e investigados por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro além do surgimento de denúncias na imprensa de suborno a fiscais da Receita Federal e pagamento de atletas do clube por meio de contas fora do país, uma forma de sonegar impostos. Em agosto desse ano através de Assembléia Geral o clube aprovou com 762 votos a favor e 73 conta, o novo estatuto que tem como principal mudança a eleição direta para presidente. Iniciou-se aí a primeira grande mudança onde a escolha dos dirigentes do clube será feita pelo associado.

                Em campo o time do Corinthians mostrou que é possível mudar e dar novos ares a recente e triste história do time dado fim ao sofrimento da sua fiel torcida que em momento algum abandonou a equipe. Voltou a elite do brasileirão com seis rodadas antes do fim do torneio, mantendo-se 11 pontos na frente do segundo colocado. Fez partidas memoráveis mesmo que considerando a gritaria dos críticos e anti-corinthianos afirmando ser esse torneio seria uma “baba”. Mano Menezes por sua vez assumiu um time sem perfil, desarticulado e sob o peso do rebaixamento ainda latente na memória alvi-negra. Chegou à final da Copa do Brasil depois de uma partida emociante da semi-final contra o Botafogo no estádio do Morumbi onde reuniu nada mais do que 64 mil corinthianos afinado em coro uníssono “Aqui tem um bando de loucos....Loucos por ti Cortinthians...”. Não sei qual número era eu. Mas eu estava lá e entre lágrinas e o exercício interminável de felicidade vi meu time ir à final. Infelizmente não conquistamos o time e fomos derrotados diante de um Vitória competente e aplicado em campo. Nos faltava muito ainda para ganhar. De qualquer forma esse momento mostrou com propriedades a capacidade de reorganização e a motivação necessária que o técnico precisava para montar uma equipe mediana e com capacidade para enfrentar os desafios da série B com determinação e a certeza de que já no ano de 2009 estaríamos de volta.

                Voltamos! Cá estamos nós debruçados sobre a mesa de estratégia para lutar por um lugar mais alto na história dos grandes clubes como São Paulo, Palmeiras, Vasco, Flamengo, Santos, Internacional, Grêmio e tantas outras respeitáveis equipes. Penso que, ao contrário do que se diz sobre nós corinthianos e sobre o nosso Corinthians temos história sim. Uma história que alcançou vôos inesquecíveis e viveu derrotas como parte do seu ensinamento. Seja lá como for tenho a certeza de que já somos eternamente vencedores. Nosso hino é cantado com orgulho, nossa bandeira é respeitada por aqueles que amam nosso símbolo. E nossa história é feita, refeita, revisada e cantada em prosa e verso em todos os cantos do Brasil porque Corinthians é mais que um time. É uma grande família composta em grande parte por gente humilde e trabalhadores do campo, das cidades e também agrega em sua arquibancada mágica políticos, intelectuais e esportistas das mais variadas modalidades. Por isso e por muito mais, seja lá qual for a série; A, B, C...Z, não me nego, não omito e digo, grito, reflito em todos os  tons, com toda força em todas as notas que minha voz puder alcançar. Corinthians EU TE AMO! Bom time seja bem vida a sua casa. Bom retorno e que venha o centenário do clube mais amado do Brasil!

The Big (Bad) Wolf at St Nicholas School

Roqueiro, músico, compositor, apresentador de programa de televisão, figura polêmica por excelência Lobão esteve em visita à St Nicholas School no último dia 30 desse mês. Durante aproximadamente hora e meia alunos e professores da escola fizeram  perguntas ao artista. Em tom de inigualável descontração Lobão preferiu suas pérolas e animou os presentes com suas tiradas. Mas isso só depois de equalizar o som da caixa para melhor ajuste do microfone.

Lobão lembrou de episódios como o das eleições de 89 quando apoiou publicamente o candidato Lula durante participação no Programa do Faustão na Rede Globo de televisão em pleno dia de eleição. Isso quase fez com que a emissora saísse fora do ar por configurar crime eleitoral. Pessoalmente assumido pelo cantor para delírio dos presentes. Lembrou que o episódio o manteve afastado da tela global por mais de onze anos. Fez críticas ao atual governo, hoje presidido por Lula e também ao ex-ministro da cultura Gilberto Gil. Disparando democraticamente suas críticas foi de Daniela Mercury a Chico Buarque deixando claro seu inconformismo pelo estado letargico das coisas da política e da cultura no nosso país. Nesse mesmo embalo, questionado sobre suas posições políticas Lobão foi claro..”Sou baterista, e por esse motivo vivo em constante alternância entre direita e esquerda...”  satirizando o tema e fazendo referência à sua formação musical inicial.

Lembrou da sua participação como baterista na primeira formação da banda Blitz, dos desafios da produção independente e, ao responder-me sobre o pagamento do “Jabá” a emissoras de rádio e TV para divulgação do lixo cultural como Axés e Calypsos, Lobão afirmou que hoje esse quadro permanece o mesmo. Ou seja, nada mudou! Sou obrigado a concordar. Afinal...ligue seu rádio e ouça. Ligue a televisão no “domingão” e assista. Se for capaz, é claro. Pois eu não sou! E, se for inteligente o bastante, desligue a tv, leia um livro.Lobão é autêntico e como já disse polêmico. Penso que fruto do que ele é. Ativo, incorfomado e dinâmico. Avalia e faz análise sobre as coisas sob a ótica do Rock'n Roll. Rítimo acelerado, questionador, brigador que ergue bandeiras e luta por transformações radicais. Nasceu no Rio de Janeiro que, segundo ele, hoje é terra de Bossa Nova e Funk. Vive atualmente em São Paulo e afirma que aqui o rock possui bom espaço para trabalhar e divulgar sua produções além do que muitos são os roqueiros importados por sampa como Pitty e Cachorro Grande entre outros. Sejam todos bem vindos!

Sou seu fã, sempre fui.  Ainda me deixo embalar por “Chove lá fora. E aqui tá tanto frio. Me dá vontade de saber...”. Saber onde está você e onde estão as respostas para tudo, sobretudo, nós filhos da geração 80. E como todos também sou possuidor de uma “Vida Bandida”, vou “Chorando no Campo” e a chuva também me dá saudade de um lugar que eu nunca fui.  Mas nem por isso concordo com tudo que Lobão diz ou pensa. Admiro sua coragem, seu destemperamento social que rompe as regras e cria em torno de si uma figura emblemática, talentosa. Jamais dono da razão, mas um pensador. E, quem dera tivéssemos pensadores e figuras polêmicas para cutucar o que está pasmo e tocar no que é insensível pra ver se as coisas mudam.

Questionado se era ou ainda é usuário de drogas Lobão preferiu não responder a essa pergunta limitando-se a dizer que drogas não fazem bem e que essa era uma resposta polida nos moldes do Lobão. Nas entrelinhas propõem então que haja em algum momento no seio fechado da sociedade espaço para que o assunto seja amplamente debatido e quem sabe tratado de forma mais respeitosa e menos espartana. Penso!

Fiz tietagem, peguei autógrafo e me vi fotografado ao lado de um ídolo da adolescência não muito recente. Por isso um obrigado especial ao professor Anderson Costa, figura impar nessas novas experiências por mim vividas e responsábel pelo evento, à St Nicholas School que abre suas portas para o inimaginável Lobão e a todos os colegas que colaboraram para que a visita desse personagem tão nosso e tão brasileiro pudesse ser o sucesso que foi.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Eleições 2008 - Segundo turno. É preciso saber...

Eu tinha aproximadamente seis ou sete anos de idade quando acompanhava meu pai ao chegar do trabalho depois de trabalhar a noite toda com metalúrgico em uma empresa próxima de nossa casa na zona sul de São Paulo ao bar-mercearia de velhos conhecidos. Lá meu pai costumeiramente tomava uma dose de cachaça antes de retornar para casa, almoçar e descançar. A noite retornaria para o trabalho. Lembro-me bem das inscrições fixadas na parede daquele bar-mercearia bem como em supermercados, lojas, lanchonetes, farmácias, postos de gasolina além de prédios públicos com o seguinte dizer: “BRASIL, AME-O OU DEIXE-O”.
A frase era um recado da propaganda do governo militar, anti-democrático que havia alcançado o poder depois do golpe de 64 e dado inicio ao período de chumbo na história política desse país consolidando cada vez mais seu poder e sua ira contra os movimentos sociais organizados através de Atos Institucionais. Cassou direitos individuais, dissolveu e promoveu a caça e o extermínio desses movimentos, de personalidades políticas e de intelectuais que não compactuavam com a agressão aos direitos do cidadão.
O tempo passou, meu pai se foi e o Brasil mudou. Ainda estamos longe de ser a nação que podemos ser. Não somos mais uma nação dominada pelo crivo de forças armadas ou por qualquer outro segmento organizado da sociedade.  Vivemos ao longo desses últimos quarenta anos transformações significativas e que refletem hoje na política e na economia e em vários setores o reflexo do que foi a luta pela democracia, pela retomada dos direitos constitucionais e pela certeza de sermos uma grande nação.

No último dia 13 desse mês a candidata Marta Suplicy do Partido dos Trabalhadores (PT) que tem como candidato a vice em sua chapa o Deputado Aldo Rebelo do Partido Comunista do Brasil (PcdoB) concedeu entrevista em uma sabatina realizada pela empresa jornalística Folha de São Paulo. Como é de costume a grande imprensa procura criar fato sobre questões que jamais alançam relevância para a campanha numa cidade como São Paulo.

Durante a entrevista concedida à Folha, Marta foi sucessivamente questionada se não estaria praticando ato de preconceito contra o candidato do DEM ao indagar sobre sua vida pessoal. Se era casado, solteiro, etc. O que na verdade, cabe aqui lembrar, a propaganda veículada na tv em horário eleitoral procura fazer com que o eleitor se dê conta de que o Sr Gilberto Kassab sempre esteve, como esta nesse momento, ligado umbilicalmente aos setores mais conservadores e promotores do retrocesso político, cultural, econômico do nosso país. Os mesmos partidos que apoiaram golpes militares, foram cúmplices na constituição de um estado sombrio, de direitos caçados, de nenhuma liberdade de expressão  e que hoje se organizam para se manter no poder. Não usam mais as mesmas armas, os mesmos tanques ou mesmo a tortura física como nos anos de chumbo.

Utilizam-se agora da máquina administrativa, da propaganda engonosa e marqueteiros a fim de iludir o eleitorado e fazê-lo pensar que o candidato do DEM, que foi secretário de planejamento de Celso Pitta e organizador do “Fica Pitta” quando esse estava sendo investigado pelas inúmeras irregularidades e denúncias de sua gestão, é pessoa preparada e ou comprometida com os anseios da população mais pobre da cidade de São Paulo. Marta exibiu durante  debate realizado na Rede Bandeirantes todos os despachos enviados pelo então Sr Prefeito dando conta de seu veto a projetos de carater social.

Não consigo imaginar prova maior de incompetência e do descaso de um candidato com questões de suma importãncia para a melhoria da qualidade de vida da população da cidade. Isso sem comentar aqui mais profundamente sobre o descalabro de dizer que construiu hospitais durante sua gestão quando que na verdade essas obras haviam sido iniciadas na gestão Marta Suplicy.

Todavia caros leitores do meu humilde blog o que compete aqui não é personalizar a eleição e votar no candidato mais bem casado ou mais bonito(a). Mas sim no candidato que além de preparo possua hitórico político. Marta tem e seu vice também tem. E mais. É preciso dar fim ao personalismo. Mais importante do que isso é o projeto político ao qual o candidato esta ligado. Não será apenas Marta a administrar nossa cidade. Será o PT juntamente com os partidos que formam sua base de apoio na coligação “Uma Nova Atitude para São Paulo" (PT, PCdoB, PSB, PDT, PRB e PTN) . Partidos que em seu seio dirigem diretamente movimentos sociais ligados à moradia, saúde, segurança, questões de gênero, qualidade de vida, ecologia, desenvolvimento urbano.

O que não da é engolir de graça uma figura que concorre diretamente para ver quem leva a cidade de São Paulo para mais quatro anos sem projetos sociais de redistribuição de renda, sem formação técnica, sem atendimento adequado na saúde e no transporte. Por isso pense, procure seus amigos, crie grupos de discussão, leia, reflita, pesquise e faça um bom segundo turno com Marta Suplicy prefeita de da cidade de São Paulo!

Forte abraço a todos e todas!

A melhor de todas explicações do complexo mercado financeiro


A crise americana reflete negativamente em escala mundial. Tanto que nesse momento a comunidade européia se prepara para destinar somas incontáveis de recursos financeiros provenientes da classe trabalhadora para salvar pobres bancos e seus pobres banqueiros. Afinal gente acostumada a acumular lucros astronômicos todos os anos, seja qual for o quadro político ou econômico na esfera terrestre, não pode pensar na possibilidade de ter seu elevado grau de vida comprometido.

Todavia no Brasil esse reflexo não tem se mostrado danoso na medida em que seria se nosso governo tivesse se submetido aos novos instrumentos neocolonizadores como ALCA, tornando-se assim dependente da ciranda nefasta do capitalismo especulativo. E no meio dessa encrenca toda fica o povo humilde sem entender nada. E pior! Ainda há aqueles que se iludem em comparar os EUA ou países da Europa como o lugar das grandes oportunidades, o berço da liberdade ou o “Eldorado” das riquezes. 

Abaixo texto que circula pela internet e que achei simples, objetivo e curioso. Além de engraçado. Serve um pouco para tentar entender como a crise foi gerada e o que ela significa diretamente para quem as criou.

Abraço forte a todos e boa leitura!

(No destaque Charge de Pater para A Tribuna)

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Para quem não entendeu ou não sabe bem o que é que gerou a crise americana, segue breve relato econômico para leigos: 

O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça 'na caderneta' aos seus leais fregueses, todos bêbados e quase todos desempregados. Porque vender a crédito pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo crédito). O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento do seu Biu tendo o pindura dos pinguços como garantia.

Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS, putzgrila ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer. Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capitais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu Biu ).

Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países. Até que alguém descobre que os bêudos da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência. 

E toda a cadeia sifu. 

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Encontrão Autoral

Mais um canal de comunicação entre participantes do Encontrão Autoral.

"Múltiplas expressões artístico-culturais, praticando

a auto produção cooperativa e exercitando

ética e responsabilidade sócio-profissional."

Um achado e aproveito para indicar! Encontrão Autoral usa e abusa do que diz em sua página inicial “Múltiplas expressões artístico-culturais, praticando a auto produção cooperativa e exercitando ética e responsabilidade sócio-profissional!

E Como isso funciona? É simples!

O povo vai chegando no espaço, pega a lista que determina a ordem de apresentação dos artistas e inclui seu nome. Via de regra são exibidas duas músicas novas, de autoria própria do artista que se apresenta ou de outro autor. Tudo isso acontece num espaço charmoso, aconchegante e com boas cachaças a escolher chamado Espaço Vó Lolla e fica na Frei Caneca, 284 – Consolação.

As reuniões acontecem aos sábados a partir das 14 horas e o povo exagera na qualidade. Là tive a felicidade de ao acaso encontrar com um companheiro de grandes batalhas, o Mahlungo. Músico supimpa e que fez uma apresentação pra lá de boa. Tem também uma moça chamada Roberta Campos, guardem esse nome! To conhecendo seu trabalho agora e já me encantei com a simplicidade de sua música e letra. Roberta acaba de produzir seu cd “Para Aquelas Perguntas Tortas”, vale a pena conferir a qualidade de seu repertório.

Se ficar aqui escrevendo sobre o que achei e, sobretudo, sobre o que gostei. Bem, uma ou duas laudas é pouco. Então deixo aqui o convite para novos músicos, amigos, poetas e todo o meu povo para prestigiar esse projeto.

Abr forte a todos!
Guiberto Genestra

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Eleições 2008 – Chegou a hora. Leia e reflita!

         Um olá especial aos meus ilustres visitantes. Sejam bem vindos ao meu blog e vamos logo ao que interessa ou ao menos ao que me fez produzir esse texto. Estamos na reta final da campanha eleitoral 2008! No próximo dia 5 desse mês de outubro os eleitores da cidade de São Paulo, que possui mais de 8 milhões de inscritos nas seções eleitorais aptos, conforme informa o sítio do TRE-SP, deverão ir às urnas para escolher no primeiro turno do prefeito ou prefeita da capital e a indicar os vereadores e vereadoras que irão ocupar as 55 vagas na Câmara Municipal.

          A Câmara de Vereadores iniciou seus trabalhos em 1560, seis anos depois da fundação do Colégio dos Jesuítas. Fato marcante na fundação da nossa cidade e era conhecida como “Casas do Conselho”. O vereadores tratavam de questões ligadas à segurança das casas, asseio no comércio de mercadorias, limpeza dos matadouros, construção de muros para cercar os cemitérios.

          As Câmaras Municipais iam além de abrigar os vereadores e servir como casa do legislativo, pois a elas eram atribuídos também poderes judiciais. Naquele tempo o presidente da casa era também Juiz Ordinário das Comunidades. Assim as “Casas do Conselho” serviam também como prisões fazendo com que a Câmara Municipal de São Paulo também fosse chamada de “Casas de Câmara e Cadeia”, assim perdurando até meados do século XIX.

          Após a independência e a organização administrativo do Império, a Câmara Municipal perdeu muito de seus poderes e em 18 de setembro de 1828 foi criado o Supremo Tribunal de Justiça dando fim as funções judiciais e carcerárias da Câmara dando origem as “casas de correição”, as “penitenciárias”, “delegacias de polícia” e as milícias provincianas”

          Interessante né?

          Apenas um breve olhar através da janela sempre aberta da história da nossa terra para ilustrar que muita coisa muda. As mudanças podem ser deflagradas por situações concretas como no caso citado acima, pós independência do Brasil e também ocorrer de forma gradativa. Fruto da experiência humana. Mudanças orquestradas pela organização e mobilização popular representando segmentos sociais dos mais variados. Por isso a importância na escolha de quem o representará junto ao poder legislativo.

          Recordo-me que o atual senador da república Eduardo Suplicy do Partido dos Trabalhadores, quando presidente da câmara municipal de São Paulo nos anos 80 promoveu uma grande operação de “limpeza” e “enxugamento” da casa eliminando gastos desnecessários oriundos de uma política clientelista e de servidão ofertando assim privilégios a determinados grupos.

          Foi também nessa casa que a então vereadora Ana Martins do Partido Comunista do Brasil tornou-se figura emblemática ao denunciar e investigar ações fraudulentas através de uma CPI que investigou o hoje candidato a prefeitura de São Paulo Sr Paulo Maluf do PPB.

          E por ai vão as histórias e mais histórias dessa casa o que é deveras importante para que possamos refletir e entender sobre o quão fundamental é o papel de um vereador, sobretudo numa cidade como São Paulo. Esse, por sua vez é indicado através do voto popular para legislar, fiscalizar e promover as benfeitorias  necessárias ao município. O vereador vota, delibera e decide, sobre leis, decretos legislativos, resoluções e demais proposições que lhe forem apresentadas. Fiscaliza o orçamento e verbas destinadas ao município.

          Todavia insiste em permanecer no seio da população e mesmo entre as classes mais “esclarecidas”, senso comum formado a respeito dos políticos e que na maioria das vezes lhes atribui perfil negativo, ligando-os indiscriminadamente à ações de corrupção, legisladores de causa própria e comprometidos como fiéis escudeiros de setores conservadores da sociedade. Entretanto esse pensamento quer se consolidar como sendo único e “verdadeiro”, servindo assim de forma bem articulada e desavergonhada a interesses mesquinhos.

          Essa verdade não é e nem será única. O Partido Comunista do Brasil através de seus representantes na câmara de vereadores e com apoio de outras lideranças políticas alcançou êxito na condução de projetos populares de interesse coletivo voltado às demandas sociais como moradia, saúde, educação, esporte e lazer, entre outras quando compôs o governo Marta Suplicy em seu primeiro mandato 2000/2004.

          O trabalho incessante desses parlamentares gerou frutos, foi reconhecido por grande parcela de trabalhadores nas regiões carentes da cidade de São Paulo que é conhecida pela sua grandeza e  imensos abismos sociais onde a concentração de renda procura perpetuar sua sanha gananciosa contra quem produz a riqueza da cidade e do país.

          Determinados a assumir com responsabilidade o compromisso com o voto popular, atrelados ao ideal socialista, faz dos candidatos do Pc do B alternativa real, concreta a fim de acabar com esse senso comum, vil e inútil. Conclamando a massa dos trabalhadores e trabalhadoras ao debate, ao entendimento e ao enfrentamento, junto às demais forças políticas progressistas, ONG’s, movimentos populares organizados e organismos institucionais, os grandes desafios da administração pública uma cidade com a dimensão e os problemas como a nossa São Paulo.

          Por isso digo que meu voto é Jamil Murad, meu voto é 65123, meu voto é popular, meu voto é fruto do conhecimento do trabalho do homem, do médico, do ex-deputado estadual, ex-deputado federal e ex-sindicalista, médico com experiência administrativa e política e que tem propostas claras e objetivas para os próximos quatro anos da administração municipal.

          Aproveito também para deixar aqui registrado um pedido pessoal de apoio à candidatura de Marta Suplicy do PT e de seu vice Aldo Rebelo do PC do B a fim de resgatar na cidade de São Paulo uma administração popular e democrática. Que priorize políticas públicas destinadas as áreas  carentes através da redistribuição de renda, formação assistida, empreendedorismo, desenvolvimento e justiça social.

          Ao escolher e votar no candidato que ocupará o executivo municipal ou uma das cadeiras no legislativo nos próximos quatro anos pode configurar-se em erros ou acertos. Daí a importância de conhecer bem seu candidato, sua história de vida e como administrador público, além do vínculo que esse possui com as causas populares, justiça e cidadania.

          Mas votar apenas no cumprimento de um dever constitucional, escolher tal ou qual candidato mais por apresentar campanha emblemática, muitas das vezes recheadas de um aparente espetáculo circense ou apenas para sentir-se intimamente satisfeito com uma ação que beira ao deboche é no mínimo uma grande irresponsabilidade. Ato esnobe, inconseqüente e que pode levar ou manter grande parte da população da cidade de São Paulo em condições sub-humanas fazendo-os crer em poucas ou nenhuma expectativa futura para seu desenvolvimento pessoal e de seus familiares ou de sua cidade. Efeito danoso promotor agravante das diferenças sociais, desequilíbrio material e psicológico de toda a estrutura que compõem nossa malha social, violência e descaso com o bem público.

          Vamos votar! Fazer de cada eleição o que ela realmente é: uma grande festa onde a democracia deve ser anfitriã de povos no mundo todo!

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