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sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Eleições 2008 – Chegou a hora. Leia e reflita!

         Um olá especial aos meus ilustres visitantes. Sejam bem vindos ao meu blog e vamos logo ao que interessa ou ao menos ao que me fez produzir esse texto. Estamos na reta final da campanha eleitoral 2008! No próximo dia 5 desse mês de outubro os eleitores da cidade de São Paulo, que possui mais de 8 milhões de inscritos nas seções eleitorais aptos, conforme informa o sítio do TRE-SP, deverão ir às urnas para escolher no primeiro turno do prefeito ou prefeita da capital e a indicar os vereadores e vereadoras que irão ocupar as 55 vagas na Câmara Municipal.

          A Câmara de Vereadores iniciou seus trabalhos em 1560, seis anos depois da fundação do Colégio dos Jesuítas. Fato marcante na fundação da nossa cidade e era conhecida como “Casas do Conselho”. O vereadores tratavam de questões ligadas à segurança das casas, asseio no comércio de mercadorias, limpeza dos matadouros, construção de muros para cercar os cemitérios.

          As Câmaras Municipais iam além de abrigar os vereadores e servir como casa do legislativo, pois a elas eram atribuídos também poderes judiciais. Naquele tempo o presidente da casa era também Juiz Ordinário das Comunidades. Assim as “Casas do Conselho” serviam também como prisões fazendo com que a Câmara Municipal de São Paulo também fosse chamada de “Casas de Câmara e Cadeia”, assim perdurando até meados do século XIX.

          Após a independência e a organização administrativo do Império, a Câmara Municipal perdeu muito de seus poderes e em 18 de setembro de 1828 foi criado o Supremo Tribunal de Justiça dando fim as funções judiciais e carcerárias da Câmara dando origem as “casas de correição”, as “penitenciárias”, “delegacias de polícia” e as milícias provincianas”

          Interessante né?

          Apenas um breve olhar através da janela sempre aberta da história da nossa terra para ilustrar que muita coisa muda. As mudanças podem ser deflagradas por situações concretas como no caso citado acima, pós independência do Brasil e também ocorrer de forma gradativa. Fruto da experiência humana. Mudanças orquestradas pela organização e mobilização popular representando segmentos sociais dos mais variados. Por isso a importância na escolha de quem o representará junto ao poder legislativo.

          Recordo-me que o atual senador da república Eduardo Suplicy do Partido dos Trabalhadores, quando presidente da câmara municipal de São Paulo nos anos 80 promoveu uma grande operação de “limpeza” e “enxugamento” da casa eliminando gastos desnecessários oriundos de uma política clientelista e de servidão ofertando assim privilégios a determinados grupos.

          Foi também nessa casa que a então vereadora Ana Martins do Partido Comunista do Brasil tornou-se figura emblemática ao denunciar e investigar ações fraudulentas através de uma CPI que investigou o hoje candidato a prefeitura de São Paulo Sr Paulo Maluf do PPB.

          E por ai vão as histórias e mais histórias dessa casa o que é deveras importante para que possamos refletir e entender sobre o quão fundamental é o papel de um vereador, sobretudo numa cidade como São Paulo. Esse, por sua vez é indicado através do voto popular para legislar, fiscalizar e promover as benfeitorias  necessárias ao município. O vereador vota, delibera e decide, sobre leis, decretos legislativos, resoluções e demais proposições que lhe forem apresentadas. Fiscaliza o orçamento e verbas destinadas ao município.

          Todavia insiste em permanecer no seio da população e mesmo entre as classes mais “esclarecidas”, senso comum formado a respeito dos políticos e que na maioria das vezes lhes atribui perfil negativo, ligando-os indiscriminadamente à ações de corrupção, legisladores de causa própria e comprometidos como fiéis escudeiros de setores conservadores da sociedade. Entretanto esse pensamento quer se consolidar como sendo único e “verdadeiro”, servindo assim de forma bem articulada e desavergonhada a interesses mesquinhos.

          Essa verdade não é e nem será única. O Partido Comunista do Brasil através de seus representantes na câmara de vereadores e com apoio de outras lideranças políticas alcançou êxito na condução de projetos populares de interesse coletivo voltado às demandas sociais como moradia, saúde, educação, esporte e lazer, entre outras quando compôs o governo Marta Suplicy em seu primeiro mandato 2000/2004.

          O trabalho incessante desses parlamentares gerou frutos, foi reconhecido por grande parcela de trabalhadores nas regiões carentes da cidade de São Paulo que é conhecida pela sua grandeza e  imensos abismos sociais onde a concentração de renda procura perpetuar sua sanha gananciosa contra quem produz a riqueza da cidade e do país.

          Determinados a assumir com responsabilidade o compromisso com o voto popular, atrelados ao ideal socialista, faz dos candidatos do Pc do B alternativa real, concreta a fim de acabar com esse senso comum, vil e inútil. Conclamando a massa dos trabalhadores e trabalhadoras ao debate, ao entendimento e ao enfrentamento, junto às demais forças políticas progressistas, ONG’s, movimentos populares organizados e organismos institucionais, os grandes desafios da administração pública uma cidade com a dimensão e os problemas como a nossa São Paulo.

          Por isso digo que meu voto é Jamil Murad, meu voto é 65123, meu voto é popular, meu voto é fruto do conhecimento do trabalho do homem, do médico, do ex-deputado estadual, ex-deputado federal e ex-sindicalista, médico com experiência administrativa e política e que tem propostas claras e objetivas para os próximos quatro anos da administração municipal.

          Aproveito também para deixar aqui registrado um pedido pessoal de apoio à candidatura de Marta Suplicy do PT e de seu vice Aldo Rebelo do PC do B a fim de resgatar na cidade de São Paulo uma administração popular e democrática. Que priorize políticas públicas destinadas as áreas  carentes através da redistribuição de renda, formação assistida, empreendedorismo, desenvolvimento e justiça social.

          Ao escolher e votar no candidato que ocupará o executivo municipal ou uma das cadeiras no legislativo nos próximos quatro anos pode configurar-se em erros ou acertos. Daí a importância de conhecer bem seu candidato, sua história de vida e como administrador público, além do vínculo que esse possui com as causas populares, justiça e cidadania.

          Mas votar apenas no cumprimento de um dever constitucional, escolher tal ou qual candidato mais por apresentar campanha emblemática, muitas das vezes recheadas de um aparente espetáculo circense ou apenas para sentir-se intimamente satisfeito com uma ação que beira ao deboche é no mínimo uma grande irresponsabilidade. Ato esnobe, inconseqüente e que pode levar ou manter grande parte da população da cidade de São Paulo em condições sub-humanas fazendo-os crer em poucas ou nenhuma expectativa futura para seu desenvolvimento pessoal e de seus familiares ou de sua cidade. Efeito danoso promotor agravante das diferenças sociais, desequilíbrio material e psicológico de toda a estrutura que compõem nossa malha social, violência e descaso com o bem público.

          Vamos votar! Fazer de cada eleição o que ela realmente é: uma grande festa onde a democracia deve ser anfitriã de povos no mundo todo!

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