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terça-feira, 25 de maio de 2010

Guiberto Genestra...por ele mesmo

Olá!

Meu nome é Marcos Aurélio Genestra. Nasci e fui criado no bairro do Jabaquara, zona sul da cidade de São Paulo. No início dos anos 80, aos dezenove anos, mudei-me para a região norte da cidade, onde vivo até hoje. Separado, pai de quatro filhos – Hannah Barbara, Ohannah Bianca, Luanny Arieni e Ramon Carlo. Cursei até o segundo ano do curso de sociologia na Escola de Sociologia e Política de São Paulo e atualmente trabalho em uma escola como analista de suporte, pois, desde 1987 sou autodidata em informática e trabalho como programador de computadores.

Na adolescência iniciei aulas de ballet clássico. Premiado com uma bolsa de período integral na academia Artes Penha Ballet, fui obrigado a desistir do curso, pois tinha que trabalhar para ajudar no sustento da família. Filho único, perdi meu pai, metalúrgico aposentado, aos 15 anos de idade.

Isso não me afastou das atividades artísticas por completo. Fiz um ano de teatro no curso do Emílio Fontana. As aulas eram ministradas no Auditório Augusta, região central de São Paulo. Após mudança para a região norte da cidade, passei a dar aulas gratuitas de dança e desenvolvi vários trabalhos teatrais com grupos como Satyros e Parlapatões, atuando como ator, assistente de diretor e diretor, todavia principalmente como iluminador cênico em teatros como, Bela Vista, Imprensa, Municipal de Santo André, entre outros. Essa atividade me rebatizou com o nome de Guiberto Genestra. Personagem da peça Velório à Brasileira, de Aziz Bajur.

Como poeta, lancei meu primeiro livro em maio de 2007. Uma antologia com outros amigos e poetas no espaço Haroldo de Campos Poesia e Literatura na Casa das Rosas, em São Paulo, com lançamento também nas cidades de Santos e Goiânia. Também produzi um CD com poemas declamados e mixados com clássicos da música erudita com o título “... a gente se vê por ai”.

Em 1989 passei a freqüentar as atividades do Partido dos Trabalhadores, que há época tinha como candidata Luiza Erundina, eleita prefeita da cidade em 1989. Lá militei até o ano de 1994. Em 1998 oficializei minha filiação ao Partido Comunista do Brasil e atualmente sou membro da direção do partido na zona norte na qualidade de Secretário de Organização e Formação. Em 2004 trabalhei como formador e coordenador dos Programas Sociais junto à Secretaria de Esportes durante a gestão da prefeita Marta Suplicy, atuando junto à ONG Ato Cidadão na formação de Agentes Comunitários de Lazer e Recreação-ACLR.

Filho de operário do setor de metalurgia, crescendo durante o regime totalitário e excludente que culminou na prisão, tortura e morte de muitos brasileiros que lutavam por um regime livre e democrático em nosso país. Ao longo de todos esses anos acompanhei com atenção as mudanças significativas que o Brasil passou. Vi de perto o fenômeno da estagnação da economia, inflação astronômica e recessão. Em três décadas perdidas, devido à implementação de políticas ultra-liberais com o objetivo de desregulamentar setores estratégicos da economia, ao enfraquecimento de nossa indústria de transformação e produção de bens duráveis. Isso tornou o Brasil um país capitalista de inigualável dependência do grande capital especulativo. Dívida externa baseada em juros escorchantes, e impagável. Dívida pública inflada e ínfima expectativa de crescimento a cada fechamento do balanço anual.

Hoje, entretanto, vivemos uma nova realidade. O Brasil vem superando desafios antes considerados intransponíveis. Nossa economia se recupera, nossas reservas internas nos permitem o equilíbrio contábil e o enfrentamento de mais uma crise cíclica do sistema capitalista. No cenário internacional nosso país é aclamado como nação próspera e com grande poder de interferência e de negociação nas questões que envolvem a paz, desenvolvimento sustentável e estratégico em todo o planeta.

Esse é um momento ímpar na história do povo brasileiro e que serve como exemplo para os países que lutam pela autodeterminação e soberania. Respeitando-se, assim, suas diferentes culturas e costumes. Por esse motivo acredito, como sempre acreditei, que devemos nos pautar sobretudo nos ensinamentos da história, que repetidas vezes, principalmente no Brasil e na América Latina, mostrou que governos conservadores, praticando uma política exclusivamente atrelada aos interesses do capital, elevaram a distância entre ricos e pobres. Além disso, condenaram grande parte do nosso povo (homens, mulheres, crianças e idosos) ao abandono sócio-cultural, impedindo o acesso e benefício dos avanços tecnológicos da sociedade moderna.

No sentido contrário às previsões mais sombrias, o mundo inicia uma vertiginosa guinada. Favorecendo os movimentos populares, democráticos e pela preservação da vida. Na América Latina, a voz popular fez calar o coro uníssono do pensamento único que proclamava o fim da luta de classes. Populações inteiras se mobilizam: homens, mulheres, crianças, trabalhadores dos mais diversos segmentos da sociedade. Negros, índios, pardos, brancos, mestiços. Todos rebelados e unidos numa só vontade. A de por fim às políticas neoliberais e às políticas de mercado. Insanas e descompromissadas com a vida dos verdadeiros produtores da riqueza no mundo.

No Brasil dizemos não à ALCA (Aliança de Livre Mercado das Américas). Tratado esse com claro objetivo de monopolizar em sua totalidade as riquezas naturais, enfraquecer a soberania dos povos e desestabilizar de uma só vez e num só golpe as conquistas alcançadas pelo povo trabalhador. Esse projeto de expansão do neoliberalismo só não foi adiante devido ao novo ciclo iniciado por Lula e demais governos democráticos eleitos através do voto popular na América Latina e mantidos através de referendos, sempre que se houve necessidade para tanto.

Com isso deu-se vez e voz aos movimentos populares. Mais e maior importância às políticas, que ainda penso assistencialistas, mas que revela tímida, porém programada e próspera metodologia de redistribuição de renda. O reflexo disso foi promover o fenômeno da mobilidade social, elevando do nível de miséria extrema mais de 32 milhões de brasileiros para uma condição menos desfavorável. Aumentando, desse modo, a expectativa de vida, sua qualidade e perspectivas futuras. Avançando na área de tecnologia, pesquisa e exploração de recursos naturais e pesquisas na obtenção de novos meios de produção de energia renovável, como o projeto do Proálcool, em franca ascensão no mercado internacional o Brasil vem despertando interesse de grandes potências econômicas, sobretudo após a descoberta das camadas do Pré-Sal, que pode elevar o Brasil da condição de importador para exportador de combustível fóssil. Fortalecendo mais ainda o bloco latino-americano de países produtores de recursos energéticos.

Até o adversário político e o neoliberal partícipe das políticas de subserviência ao capital especulativo-financeiro é incapaz de negar os avanços obtidos nos últimos oito anos em que Luiz Inácio Lula da Silva e sua equipe estiveram à frente do governo. Fica evidente a estabilização da economia, a recuperação do poder de compra do trabalhador, o refino na qualidade das parcerias econômicas no eixo dos países da AL, Ásia, África e Europa. Investimentos sociais, infra-estrutura e políticas de redistribuição de renda. Todavia para um país com as potencialidades do Brasil, que se firma cada vez mais como liderança político-econômica no continente latino americano e no mundo, ainda é muito pouco para que o povo brasileiro possa desfrutar do reconhecimento do seu próprio trabalho e valor, no que refere à sua contribuição para a construção de uma nação justa, soberana e independente.

É nesse cenário que defendo a manutenção da atual política, com ressalvas, sob análise crítica de seus erros e acertos. Com maior participação popular. Elevando o desafio do brasileiro e dos mandatários desse país a criar sempre e indefinidamente condições para que a cada etapa do desenvolvimento do país possamos contribuir de forma clara, objetiva e relevante às condições do nosso povo. Promover a integração nacional, enriquecer cada estado através das suas qualidades e potencial específico na produção de bens e serviços. Comprometer-nos com a fiscalização dos membros do executivo, judiciário e legislativo, para que as leis sejam cumpridas e para que os recursos obtidos através do trabalho possam rumar mais e melhor no sentido de promover a riqueza material e de espírito para o povo brasileiro.

Curioso do mundo, cidadão, pai e formador social relanço nesse momento o relançamento do meu blog. Em apoio a pré-candidatura da ex-chefe da Casa Civil, do governo Lula, Dilma Rousseff a sucessão presidencial e aproveito para divulgar um breve histórico de minhas atividades e sobre minha pessoa. Entendo e avalio que o momento para nosso país é, senão notável, cheio de perspectivas favoráveis para que possam ser realizadas as mudanças estruturais que necessitamos para alcançar qualidade de vida justa, digna e nos lançar ao mais alto nível de desenvolvimento jamais visto na história recente do Brasil.

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