A crise americana reflete negativamente em escala mundial. Tanto que nesse momento a comunidade européia se prepara para destinar somas incontáveis de recursos financeiros provenientes da classe trabalhadora para salvar pobres bancos e seus pobres banqueiros. Afinal gente acostumada a acumular lucros astronômicos todos os anos, seja qual for o quadro político ou econômico na esfera terrestre, não pode pensar na possibilidade de ter seu elevado grau de vida comprometido.
Todavia no Brasil esse reflexo não tem se mostrado danoso na medida em que seria se nosso governo tivesse se submetido aos novos instrumentos neocolonizadores como ALCA, tornando-se assim dependente da ciranda nefasta do capitalismo especulativo. E no meio dessa encrenca toda fica o povo humilde sem entender nada. E pior! Ainda há aqueles que se iludem em comparar os EUA ou países da Europa como o lugar das grandes oportunidades, o berço da liberdade ou o “Eldorado” das riquezes.
Abaixo texto que circula pela internet e que achei simples, objetivo e curioso. Além de engraçado. Serve um pouco para tentar entender como a crise foi gerada e o que ela significa diretamente para quem as criou.
Abraço forte a todos e boa leitura!
(No destaque Charge de Pater para A Tribuna)
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Para quem não entendeu ou não sabe bem o que é que gerou a crise americana, segue breve relato econômico para leigos:
O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça 'na caderneta' aos seus leais fregueses, todos bêbados e quase todos desempregados. Porque vender a crédito pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo crédito). O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento do seu Biu tendo o pindura dos pinguços como garantia.
Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS, putzgrila ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer. Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capitais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu Biu ).
Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países. Até que alguém descobre que os bêudos da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência.
E toda a cadeia sifu.
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