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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Porque votar em Dilma Rousseff?


Guiberto Genestra (*)


“O Brasil tomou uma decisão política de combater a fome e a pobreza”


A frase que abre esse documento foi extraída do texto de Mariana Viel, que faz uma análise sobre os oito anos de mudanças iniciados com o atual governo do presidente Lula intitulado “Exemplo de luta contra a pobreza”, publicado no portal www.vermelho.org.br. Esse projeto recebeu reconhecimento mundial quando citado durante 65ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) em Nova York. Nesse sentido é possível avaliar que houveram de fato, durante esses oito anos de mandato, ações objetivas e concretas no que se refere ao combate à miséria e criação de mecanismos de distribuição de renda com base na riqueza produzida em nosso país.

Em sentido contrário ao anterior modelo de governo entreguista, privatizante e neoliberal protagonizados pelas classes dominantes e setores conservadores da política nacional, Lula deu início ao diálogo e a políticas de combate a miséria como não se havia feito no Brasil há mais de 40 anos. Entre 2003 e 2010, 31 milhões de brasileiros saíram da pobreza, 24 milhões de pessoas saíram da pobreza extrema e 14 milhões de trabalhadores conquistaram emprego formal.

Mais do que números o que se observa no Brasil atual é o volume crescente de brasileiros que estão resgatando sua dignidade e confiança. Trabalhando mais e produzindo mais. Se durante as três décadas perdidas, iniciadas no final dos anos 70 e avançando pelos anos 80 e 90, persistindo até a eleição de Lula em 2002 para o seu primeiro mandato, o povo brasileiro viveu a mercê de graves crises financeiras e estruturais. Arrocho salarial e consequente perda do seu poder de compra.

É inútil e descabido tentar negar que houve recuperação não só da economia e dos setores produtivos em todo o país, bem como do salário. Além da manutenção das garantias trabalhistas constantes na CLT, que ha muito é alvo de especulação para que tenha seu conteúdo alterado ou mesmo a supressão de alguns direitos.

Com efeito onda crescente de consumo que incentiva a produção se reflete nas indústrias automobilística, de tecnologia, na construção civil, bens duráveis e de serviços. Revela-se como primeiro e mais emblemático reflexo das políticas adotadas pelo atual governo, a fim de valorizar o trabalho e os instrumentos que gerem a economia interna. Permitindo inclusive que o Brasil superasse, sem grandes perdas, mais uma crise cíclica do capital originada nos EUA e que se espalha por toda a Europa penalizando mais uma vez a classe trabalhadora daqueles continentes.

A política de redistribuição de renda, proposto pelo governo democrático-popular de Lula beneficia atualmente 12,5 milhões de pessoas, através do programa “Bolsa Família”. Ferozmente criticado pela cúpula burguês-conservadora que insiste em dizer que se trata apenas de um programa de política compensatória, o que no todo não é um erro, mas que não “... ensina a pescar, apenas oferece o peixe”. Nas palavras do ex-ministro de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias “Ensinar a pescar não nos impede de cumprir com o nosso dever de dar o peixe a quem está com fome”. O que me leva a concluir que melhor é fazer isso do que não fazer nada.

Nesse mesmo tom, ao adotar políticas públicas voltadas às necessidades do povo brasileiro em geral, o projeto implementado por Lula, tendo a frente a então Ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff elevou a possibilidade de homens e mulheres em idade escolar a cursar uma universidade, até então possibilidade restrita apenas as classes médias e ricas; incentivou e consolidou o SUS – Sistema Único de Saúde, reconhecido por órgãos mundiais como a OMS (Organização Mundial da Saúde); colocou em prática o programa Luz Para Todos que beneficiou até março desse ano 11,4 milhões de pessoas; realizou entre 2003 e 2010 as Conferências Nacionais abordando temas como cultura, cidadania, comunicação entre outros temas. Agenda que contou com a participação de mais de 4,5 milhões de pessoas diretamente e que culminou com a interferência direta na apresentação de projetos de lei encaminhados a câmara de deputados e ao senado federal; promoveu o reconhecimento do Brasil como estado soberano, laico e defensor do diálogo entre os povos e pelo fim das políticas bélicas e de agressão capitaneados pelos EUA e sua política de ocupação; fortaleceu os laços de irmandade e de acordos bilaterais entre os países da América Latina, fazendo o mesmo com economias de países como China, África, Japão entre outros. O que nos permitiu manter nossa economia interna estável e atraente para o investimento externo, diminuindo o risco Brasil a níveis jamais vistos em nossa histórica democrática.

Não é possível negar que o Brasil de hoje é bem diferente do que o país herdado por Lula em 2002, onde havia um grave quadro de desequilíbrio monetário e o abandono das políticas públicas e de desenvolvimento. Afirmo com toda convicção que meu senso crítico me permite que há muito ainda o que fazer e que estamos longe de um modelo ideal de economia que contemple todos os membros dessa nação e possa erradicar a miséria, promovendo igualdade e justiça social. Entretanto afirmo também convicto de que esse governo mostrou que é perfeitamente possível mudar a forma de governar, rasgando de vez a cartilha do receituário neoliberal e promíscuo praticado pelos vende-pátria. Aqueles que elevaram a voz contra o povo e se subordinaram durante décadas à vontade das grandes potencias capitalistas interessadas apenas em extrair do nosso povo sua mais-valia, nossas riquezas naturais e nossa honra.

Pelo fim da barbárie capitalista e a hegemonia do ter!
Pelo fim da exploração do homem pelo homem!
Pelo direito à autodeterminação dos povos
Pela liberdade e o respeito à mulher
Pelo fim às guerras e pela liberdade aos meus irmãos da Palestina ocupada e povos oprimidos!
Pelo fim do preconceito e qualquer tipo de segregação racial
Pela reforma agrária e o fim do latifúndio no Brasil
Por um país laico, justo e soberano!

Por esses e outros motivos meu voto é Dilma 13. Porque somos o país protagonista de um novo tempo. E nossa participação nas decisões e nossa responsabilidade em cobrar os resultados não podem se assumidos por outros. Somente por nós mesmos!

Para o Brasil continuar avançando!
Vote 13
Vote Dilma Rousseff para primeira presidenta mulher do Brasil


(*) 46 anos, cursou até o segundo ano da Escola de Sociologia e Política de SP, membro da direção do PCdoB-CD Norte, formador social, programador de computadores e poeta.

Um comentário:

Marinha disse...

Oi, camarada Guiba!
Gostei do texto... muito bom mesmo!
E um novo Brasil se desenha, não é?
Bjo

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